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De quando a Filmes de Plástico resolveu fazer Nada (2017)

Quando eu tinha 17 anos, como acontece com a maioria dos adolescentes brasileiros, precisei decidir qual caminho seguir profissionalmente. Para mim, essa escolha nunca foi um peso — desde os 12 anos, eu já sabia que queria o cinema. Mais tarde, também escolhi ser professora. Mas sei que, para muitas pessoas, especialmente pessoas racializadas e que vêm de contextos periféricos, esse momento é atravessado por muita pressão. Para quem é pobre, a escolha da profissão raramente diz respeito ao desej

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De quando a Filmes de Plástico resolveu fazer Nada (2017)
Duba Rodrigues

Duba Rodrigues

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ARANDIR. ARANDIR. ARANDIR.

Não foi o primeiro Beijo no Asfalto, nem a primeira vez que o assisto. A versão de 1981, de Bruno Barreto, é a segunda de três adaptações para o cinema da peça homônima de Nelson Rodrigues: a mais antiga, de 1964, é dirigida por Flávio Tambellini, e a mais recente, de 2018, por Murilo Benício. Escrevo este texto ainda embebido pela empolgação de ver o filme de Bruno pela terceira vez. E, puta merda, é realmente o meu filme favorito do cinema brasileiro. A sirene da polícia, como as campainhas qu

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ARANDIR. ARANDIR. ARANDIR.
Laysa Zanetti

Laysa Zanetti

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Oeste Outra Vez e a masculinidade em xeque

Logo na primeira cena de “Oeste Outra Vez”, uma mulher sai de dentro do carro e caminha em direção ao horizonte. Ela não olha para trás, nós não enxergamos o seu rosto ou mais do que sua silhueta, mas somos apresentados ao conflito movido por sua existência. Enquanto ela se distancia da cena, dois homens se enfrentam, brigam aos tapas e socos e juram um ao outro de morte, porque ambos a querem para si. Sem se impressionar ou sequer prestar atenção ao embate, ela continua indo embora, sem olhar p

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Oeste Outra Vez e a masculinidade em xeque

Quem lembra que Marte Um (2022) foi o filme representante do Brasil no Oscar de 2023?

Eu tenho uma história boa com Marte Um (2022) e quero compartilhar com você. Esse foi o filme que mais me fez chorar no cinema na vida. Chorei de soluçar. Sabe quando o choro para de ser “social” e vai ficando sério? Então, foi assim mesmo. Depois que o filme acabou, tive que ir até o banheiro do cinema me recompor. Eu fui para casa então. No caminho, dentro do ônibus, encontrei uma amiga que claramente tinha visto o filme também. Ela estava num momento particular e chorava continuamente. Eu tiv

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Quem lembra que Marte Um (2022) foi o filme representante do Brasil no Oscar de 2023?
Duba Rodrigues

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Revolução de Bolso

Depois de todo o imbróglio burocrático que afetou o lançamento de Medida Provisória (Lázaro Ramos, 2020), a adaptação da peça Namíbia, Não chegou aos cinemas com um percurso bastante relevante. O público brasileiro abraçou o filme e não demorou para que parte da crítica também o fizesse. Pela importância do tema e pelo carinho que o Brasil tem por Lázaro, reconheci muitos textos se esforçando para gostar de Medida Provisória. A condescendência com o cinema brasileiro está nos detratores da arte

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Revolução de Bolso

Que show da Xuxa é esse em Cores e Botas (2010)?

Eu nunca quis ser paquita. Não queria, porque sempre quis ser cineasta, contadora de histórias e, nesse meio tempo, agente secreta. Fabular sobre as possibilidades do que queremos ser quando crianças é natural de todas as crianças. Quantas vezes ouvimos “o que você vai ser quando crescer?”. Ser paquita marca o sonho de toda uma geração dos anos de 1980 e 1990. No entanto, para conquistar esse sonho era preciso saber dançar, cantar e, de quebra, ser branca e loira de preferência. Como será que er

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Que show da Xuxa é esse em Cores e Botas (2010)?
Kauã Nunes

Kauã Nunes

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Um mergulho nos curtas brasileiros do "É Tudo Verdade"

Antes mesmo do festival começar, decidi priorizar os curtas-metragens brasileiros — eles sempre me surpreendem. Já vivi experiências inesquecíveis com obras como Bonde, de Asaph Lucas, que acompanha três jovens negros da favela de Heliópolis buscando refúgio na noite LGBTQIAPN+ paulistana. Há algo de especial nesses filmes de 20 minutos que me remete ao cinema de guerrilha do Cinema Novo: sem grandes orçamentos ou equipes numerosas, apenas uma ideia na cabeça e uma câmera na mão. Assisti a nove

Bia Matera: Enquanto lia seu texto, pensava "tomara que eles entrem no Itaú Cultural Play" e que grata confirmação você deu ao final, mesmo que não sejam todos. E os que mais me interessaram foram justamente os que vc destacou no final (especialmente Dois Nilos e Cartas pela Paz). Brigada pelas indicações!

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Um mergulho nos curtas brasileiros do "É Tudo Verdade"

A Batalha da Rua Maria Antônia - Conteudo Importante em Longa Irregular

Acho de extrema importância o nosso cinema falar sobre a ditadura militar e suas consequências. Acho importante mostrar os diferentes contexto dos que vieram antes do anos de chumbo nos anos 70. Em “A Batalha da Rua Maria Antônia”, o segundo longa da cineasta Vera Egito, tem um episódio muito importante que ocorreu em 1968, entre alunos da USP e os agentes infiltrados da ditadura do Mackenzie, envolvendo uma eleição estudantil com as escolas de São Paulo, que terminou em uma batalha envolvendo o

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A Batalha da Rua Maria Antônia - Conteudo Importante em Longa Irregular
rato marinho

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Ainda Estou Aqui: "Nós vamos sorrir, sorriam!"

O brasileiro Walter Salles tornou-se o primeiro cineasta na história do Oscar a ter sido indicado tanto para Melhor Filme Estrangeiro quanto para Melhor Filme Internacional. Primeiro, com Central do Brasil, seu filme de 1988, que perdeu para o italiano A Vida É Bela; e, este ano, com Ainda Estou Aqui. Pôsteres de Central do Brasil (à esquerda) e Ainda Estou Aqui (à direita). Claro, a Academia só renomeou a categoria em 2020, então é apenas uma questão de tempo até que o recorde do diretor seja s

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Ainda Estou Aqui: "Nós vamos sorrir, sorriam!"
Kauã Nunes

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Malu (2024) - Heranças do Tempo

Gerações. Somos rodeados por pessoas que, a partir da época e do contexto em que nasceram, cresceram e se desenvolveram, carregam formas completamente diferentes de enxergar e vivenciar o cotidiano. Algumas têm visões enraizadas no passado, enquanto outras são consideradas "modernas demais" – um rótulo que já ouvi algumas vezes aplicado à minha geração. “Malu” é exatamente sobre isso: os conflitos de ideias entre pessoas de tempos distintos, que, apesar das diferenças, compartilham laços inquebr

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Malu (2024) - Heranças do Tempo
sophy

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"Bacurau": apocalipse do canibalismo

Column Introduction: Se assistir a um filme é como encontrar um vislumbre de luz na escuridão, assistir a um filme de suspense é como olhar para a escuridão em um abismo. Esta coluna se concentra em filmes de suspense representativos da América Latina desde 2000, que podem ser agrupados nas três categorias a seguir: 1. Narrativas históricas reflexivas sobre o autoritarismo, como O Segredo dos Seus Olhos (Argentina, 2009) e O Conde (Chile, 2023) 2. Análise do frenesi do crime contemporâneo, como

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"Bacurau": apocalipse do canibalismo
outcinemabr

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ANOS 80: O COMEÇO OU O FIM // 1. Introdução

Uma virada de década pode ser um copo meio cheio ou um copo meio vazio – nesse caso, o começo de uma ou o final de outra. O inegável é que, cheia ou vazia, uma virada de década traz grandes mudanças, seja por escolha ou simplesmente pelo acaso, e essa sensação inevitável estava no ar na virada dos anos 70 para os 80. Não é que a entrada para os anos 70 tenha sido fácil, muito pelo contrário. O AI-5, decretado no final de 1968, reforçando a censura, prisão, proibição e tortura, contrastava com o

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rato marinho

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Pinguins entendem a linguagem humana e pescadores brasileiros falam inglês

Meu Amigo Pinguim é mais um filme recente em que todos os falantes não nativos do inglês usam esse idioma para se comunicar. Desta vez, um vasto grupo de moradores de Ilha Grande, de todas as idades, e um pescador chamado João, interpretado pelo ator francês Jean Reno, falam inglês durante todo o filme. Parece que o pinguim inteligente dessa ilha também entende inglês. Meu Amigo Pinguim Se os filmes de Hollywood fossem comparados ao cinema mundial do século passado, fazer com que a realeza chine

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Pinguins entendem a linguagem humana e pescadores brasileiros falam inglês
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