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O paradoxal conto de 1922 de Fernando Pessoa é estilizado como um diálogo platônico entre um banqueiro rico e seu colega, no qual o banqueiro explica o caminho estritamente lógico que o levou passo a passo de um jovem anarquista a ser o único anarquista verdadeiro e consistente. O conto solapa de forma lúdica muitos dos textos fundadores do "iluminismo" político (Descartes, Hobbes, Locke, Malthus, Rousseau, Smith, Spinoza), além de fazer uma crítica devastadora da psicologia revolucionária e do bolchevismo de 1917. Como mágica, o truque é transparente, aparentemente nos convencendo da lógica inexorável do banqueiro, enquanto o enredo nos desafia a descobrir a falha na chocante reviravolta da lógica do banqueiro rico.