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Vestidos de preto, mascarados, disfarçados de bárbaros, os adolescentes se encontram, dançam, bebem, brigam, tentam paquerar e vão embora na febre de um show, a hora de uma noite de sábado. Eles dizem com palavras desajeitadas seu desejo de escapar do cotidiano, do vazio de suas vidas. Eles não sabem nada de história, sonham com um mundo cruel enquanto se arrependem de assustar as meninas. Pais e moradores da vila acham que a juventude precisa acontecer e para os organizadores, eles são um mercado como qualquer outro. Nestes ritos de passagem entre a adolescência e a idade adulta, o tédio ainda existe e, da violência do seu compromisso, alguns seguirão com a mesma convicção. Alguns recorrerão à família para encontrar a tribo e para outros, a tentação de se fixar neste discurso extremista fará dela o alvo privilegiado de uma deriva da extrema-direita.