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O cineasta camaronês Bassek ba Kobhio oferece uma fascinante perspectiva revisionista sobre Albert Schweitzer, ganhador do Prêmio Nobel da Paz e santo secular da era colonial. Assim como FRANTZ FANON: PELE NEGRA, MÁSCARA BRANCA, este filme começa a reescrever a história do colonialismo do ponto de vista do colonizado. LE GRAND BLANC DE LAMBARÉNÉ não é, porém, um exercício fácil de iconoclastia, mas sim um lamento profundo por uma oportunidade perdida, por um encontro transcultural entre África e Europa que nunca aconteceu. O filme revela que a tragédia final do colonialismo pode ter sido sua recusa em ver e valorizar o colonizado como seres humanos autônomos e criativos. A epígrafe do filme, ironicamente, é uma famosa observação do próprio Schweitzer: "Tudo o que podemos fazer é permitir que os outros nos descubram, como nós os descobrimos."