Recentemente, fiquei fascinado por um filme com cores ricas, imagens exageradas e bizarras e uma música alegre. Depois de assistir por três horas seguidas, tive uma sensação de satisfação há muito perdida. O novo trabalho de Damien Chazelle, o diretor de La La Land, tem o seu estilo e padrão. Não é a profundidade e a contemplação do realismo, está cheio de embriaguez romântica e paixão, é Babilônia.
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Embora existam grandes nomes como Margot Robbie e Brad Pitt no filme, o boca a boca e a bilheteria não foram satisfatórios. Hoje, vamos lentamente desvendar o misterioso véu de Babilônia!
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Atenção, alerta de pequenos spoilers!
01
Por que é chamado de Babilônia?
Para entender o pano de fundo histórico deste filme, primeiro quero falar sobre por que ele é chamado de Babilônia. É uma metáfora que compara a gloriosa história de Hollywood à Babilônia na Mesopotâmia. Mais de uma vez, em pouco mais de 100 anos, Babilônia expandiu-se rapidamente de uma pequena cidade-estado para a maior dinastia do mundo. Mas, todas as vezes, pereceu tão rapidamente quanto surgiu.
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Acho que os personagens principais ao longo do filme, como Jack, que cai do céu ao inferno, Nellie, que passou por grandes altos e baixos, e Manny, cujos sonhos são destruídos pela realidade, provavelmente têm o mesmo processo de ter seus sonhos destruídos em Hollywood como a destruição da Babilônia durante a noite.
Então, segui as lentes do diretor até a década de 1930, a era de ouro de Hollywood, e testemunhei sua glória e destruição final, com um sentimento de pesar.
02
Que parte da história de Hollywood o filme conta?
Conta a história da transição do filme mudo para o sonoro. Durante o período do cinema mudo, os atores eram responsáveis apenas por atuar e não precisavam falar. Se necessário, as falas apareceriam na forma de legendas posteriormente. Muitas estrelas do cinema mudo nasceram nesta fase, representadas por Chaplin.
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No entanto, com o desenvolvimento da tecnologia cinematográfica, os filmes sonoros foram se tornando cada vez mais populares. Essa mudança trouxe um golpe fatal e um desafio para os atores do cinema mudo. Eles também se esforçaram para atuar com a voz, mas o público não aprovou.
Desta forma, aqueles atores outrora quentes foram deixados para trás pelos tempos. Não apenas eles, mas também as técnicas cinematográficas da era antiga foram abandonadas. Então, a maioria dos cineastas gritou que a era de ouro do cinema havia acabado! Mesmo que ainda sintam saudades da era do cinema mudo, as rodas dos tempos continuam avançando.
03
A Era de Ouro de Seis Histórias de Vida
A história começa com um zé-ninguém chamado Manny, que originalmente era um assistente desconhecido. Na primeira cena, ele é responsável por transportar um elefante para uma festa extravagante proibida para menores. No caminho, o elefante caga em cima dele, mas ele mesmo assim conclui essa estranha tarefa com sucesso.
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Como resultado, na festa, ele acidentalmente conhece a deusa Nellie LaRoy e a estrela do cinema mudo Jack Conrad. O primeiro se torna o amor de sua vida e o segundo se torna seu caçador de talentos. Mais tarde, Nellie se torna o foco da festa e é escolhida por um produtor para substituir a atriz principal de um filme. Suas habilidades de atuação também conquistam o diretor e rapidamente se torna uma grande estrela.
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E Jack é a garantia de bilheteria. Depois da festa, Manny o manda para casa, torna-se seu assistente e entra na indústria cinematográfica de Hollywood. Anos depois, Manny salta de assistente para produtor com a popularidade dos filmes sonoros.
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Manny é como um fio, amarrando as histórias de toda a época. Ele, Nellie e Jack são a espinha dorsal da trama, e os ramos são representantes de várias profissões intimamente relacionadas à indústria cinematográfica, como Fay Zhu, especialista em legendas para filmes mudos, Elinor, crítica de cinema, e Sidney, um músico de jazz. Através das histórias de vida desses seis personagens, a era passada reaparece.
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04
Evidência histórica
Embora a história do filme seja ficcional, desde os personagens até a trama, esse período da história não é completamente inventado, ao menos no que se refere a algumas curiosidades da época, como as festas para maiores descritas e as libertinagens dos grandes astros.
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Todos os personagens têm protótipos. O protótipo de Nellie é Clara Bow. Assim como a personagem do filme, Clara sempre disse que tinha talento para ser atriz desde que ficou famosa. O protótipo de Jack é John Gilbert, que não é apenas parecido na aparência, mas também talentoso e charmoso, e Gilbert já se casou com quatro atrizes. Eles costumavam ser grandes estrelas da era do cinema mudo, mas não estavam mais na moda quando surgiram os filmes sonoros.
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Fay Zhu, o único rosto asiático no filme, tem um temperamento oriental misterioso. Seu protótipo é Anna May Wong, que foi indicada a 10 Oscars e ganhou dois de Melhor Fotografia. Ela quase se tornou a atriz principal de "The Good Earth". Pena que a Metro-Goldwyn-Mayer não permitiu na época. É por causa da referência a essas pessoas reais e da evidência desses eventos históricos que esse filme aparentemente absurdo tem um lado real, comovente e chocante.
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05
Algumas coisas que eu gosto nesse filme
Primeiro de tudo, é claro, é a música. Damien e seu antigo parceiro Justin Hurwitz trabalharam juntos novamente para criar ótimas trilhas sonoras adequadas para as cenas pomposas. Os efeitos sonoros também contribuem para aumentar a tensão, como Nellie lutando com uma cobra, Manny seguindo o dono do cassino para visitar o porão, encontrando um crocodilo e o suicídio de Jack. Todos os efeitos sonoros nessas cenas são apropriados. E o aparecimento da trilha sonora clássica em "Singin' in the Rain" me trouxe de volta àquela época instantaneamente.
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A segunda é o movimento de câmera, e a transição é boa, com muitos movimentos especiais de câmera que seguem os personagens para frente e para trás rapidamente. O controle de ritmo de Damien também é ótimo, com troca de imagens em ritmo acelerado, destacando a inconstância de toda a indústria cinematográfica, bem como diálogos em ritmo lento, como os dois diálogos de Jack com Elinor e Fay Zhu, para que se sinta cuidadosamente as emoções dos personagens e o declínio da indústria.
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E o eco do começo e do fim é impressionante. No final do filme, Manny, que não está mais envolvido com a indústria, vai ao cinema fazer um filme. Quando ele assiste, aquelas imagens clássicas aparecem na tela e começam a ser reproduzidas. No final, aparecem Avatar, animações 2D, efeitos especiais 3D e outras imagens que representam a inovação tecnológica, além da mudança de novos e antigos atores.
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Quando a câmera volta para o rosto de Manny, ele já está em lágrimas. Talvez seja o amor deles por filmes!
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E há várias cenas que me impressionam. A luta aparentemente absurda entre Nellie e uma cobra é cheia de ironia. É uma metáfora para o destino desses atores. No porão do dono do cassino, há todo tipo de show de aberrações que trazem forte impacto visual. Mas também me faz pensar que, naquela época, muitas pessoas pensavam que essas coisas curiosas e atraentes eram o futuro dos filmes. Por fim, o suicídio de Jack simboliza o fim daquela era e daqueles que encaram os filmes como suas vidas.
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06
O que há de errado com este filme?
Babilônia é um bom filme? Eu acho que é. Damien ama este filme e tenta restaurar aquele período da história, talvez um pouco demais, o que faz a primeira meia hora da festa censurada do filme parecer deliberadamente exagerada, e a segunda metade um pouco descontrolada, levando à polarização do boca a boca.
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O maior problema de Babilônia é que o tema não é claro, as pistas são muito dispersas, a alternância entre várias histórias, personagens e o cruzamento de idades é um tanto rígido e não suave o suficiente, mais como o fluxo de consciência do diretor.
PS:
Resumindo, a recepção de Babilônia não é muito boa. O filme é pomposo e barulhento, aliado a uma estrutura de enredo frouxa e sentimentos contraditórios. Portanto, é esperado que não seja aceito e apreciado por todos.
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No entanto, as cenas bizarras e emocionantes do filme, a autotortura escondida por trás da história e as fotos lindas e poéticas fazem com que ele mostre seu charme único! Mesmo que o filme ainda esteja longe de ser uma obra-prima, prefiro Babilônia a "Era Uma Vez em Hollywood", que também conta uma história de Hollywood.
O que você achou de Babilônia? Me conta nos comentários!
Vinni Hernandez
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