undefined_peliplat

Estreia do Aaron Sorkin na direção --A Grande Jogada

Spoilers

Sempre é admirado a habilidade ao escrever roteiros do Sorkin. Tanto em "The Newsroom" quanto "The West Wing" são dramas americanos com uma avaliação de 9 pontos em Douban; em termos de filmes, em 2011, ele ganha o Oscar ao Melhor Roteiro Adaptado com "The Social Network". Desde "Moneyball" até "The Social Network", passando por "Steve Jobs", a adaptação do Sorkin da biografia pode ser descrita como acessível. Em seu primeiro trabalho como diretor, ele, sem surpresa, escolhe o assunto biográfico no qual é bom.

No filme "Molly's Game" é utilizada a forma biográfica que tanto êxito tem dado ao Sorkin. Em "Moneyball" concentra-se em Oakland por uma temporada e intercala com a vida do Billy Beane; em "The Social Network" é uma demonstração da genialidade do Mark Zuckerberg por meio de dois processos judiciais; em "Steve Jobs" se concentra em três lançamentos de produtos para retratar a lenda do Jobs; e em "Molly's Game" usa a conversa entre a Molly e seus advogados que a leva a convertesse na "Poker Princess". A Molly passa de ser uma garçonete a uma pessoa que controla os maiores jogos de azar em Los Angeles e Nova York. Os jogadores que vêm incluem estrelas de Hollywood, diretores, produtores, cantores, atletas, gigantes do mercado imobiliário, aristocratas europeus, magnatas do Oriente Médio, elites de Wall Street etc.

Eu originalmente pensava que, com base nas conexões do Sorkin em Hollywood e no conteúdo do filme, muitos grandes nomes aparecerão para atuar como artistas convidados. O Homem-Aranha, o Leonardo e o Ben Affleck devem comparecer como aparições especiais! Mas, no final, ninguém aparece, o qual me deixa um pouco decepcionado. O Sorkin se esforça muito para esconder os nomes verdadeiros de todos. Ele diz que não quer que esse filme seja um filme sobre fofoca. Mas acho que parte do motivo é que, afinal, ele ainda precisa ficar em Hollywood. Isso pode ser uma coisa vergonhosa. Todos devem evitar suspeitas.

Para ser honesto, a autobiografia da Molly é só um livro publicado pela integração da fofoca da Internet. O livro inteiro é a história do pôquer dela, e a escrita é muito ruim, o que é mais interessante quando você recebe algumas notícias dela. Antes de assistir ao filme, pensava que o filme teria muitas descrições de cartas de baralho relacionado como o que está no livro. Isso pode estar mais de acordo com o padrão dos filmes legais no estilo de Hollywood. Pode que isso traça a mais pessoas, mas também cai no estereótipo do filme pipoca. Quando falo sobre jogos de cartas no livro, é um pouco interessante no início, mas depois de ver a segunda parte, quase não posso insistir em lê-lo e o Sorkin pula fora do quadro do livro e foca o filme na contradição e reconciliação entre Molly e ela mesma, então os poucos jogos de cartas no filme me fazem querer seguir assistindo. Para estender a sublimação da natureza humana a partir de um livro ruim, eu realmente tenho que admirar as habilidades de roteiro do Sorkin. A fim de aprimorar a concepção e dramatização do filme, o Sorkin, com muito tato, acrescenta tragédia à vida da Molly e fortalece os conflitos.

A Molly menciona no livro que a razão de deixar de esquiar é que depois de ficar no terceiro lugar no esqui dos Estados Unidos, ela não quer suportar mais dores físicas e quer olhar para frente; enquanto o Sorkin desenterra histórias mais emocionantes e dramáticas da Molly. No início do filme, a emocionante luta livre chama a atenção do público.

No filme, a Molly sempre parece estar sozinha, frágil e solitária. Mas é o Sorkin quem apaga todo o romance, o que parece tornar esse personagem ainda mais trágico. Na verdade, a vida amorosa da Molly é realmente maravilhosa. Seu primeiro namorado, após entrar no mundo do pôquer é o Drew McCourt. A família McCourt é a dona dos Dodgers naquela época. Depois de romper com o Drew, ela consegue a um "cachorrinho lobo" (um namorado bonito mais jovem que ela) em Nova York. Seu novo namorado é um cara rico de segunda geração que não é o favorito em sua casa.

O jogo de cartas da Molly em Nova York é apresentado para as elites da classe alta de Nova York que ela conhece no jogo de cartas anterior, em vez de encher a algumas garotas com algum dinheiro como no filme e, em seguida, jogar um cartão de visita, mas desta forma é muito mais legal e mais dramático.

Se existe um problema neste filme, esse pode ser a própria Molly Bloom. O desempenho da Molly (Jessica Chastain) é muito bom, mas quero dizer a Molly na realidade. Na minha opinião, ela está longe de ser suficientemente boa e interessante para levar duas horas e meia para elogiar sua vida. O Zuckerberg muda a rede social, o Steve Jobs choca o mundo da tecnologia e Billy Beane redefine o beisebol. Mas que contribuição a Molly Bloom faz? Ela pode ter contribuído para algumas fofocas, mas leva apenas dois minutos para ler todas essas fofocas. De sua autobiografia, ela é uma pessoa exibicionista e hipócrita com um senso de superioridade. É Claro, como pessoas, que não gostam de se exibir, podem escrever suas próprias autobiografias para descrever o quão incrível são?

O Sorkin escolhe um filme biográfico como seu primeiro trabalho como diretor, o qual é uma escolha inteligente, mas também pega um atalho que ele já percorreu com facilidade. Ele sabe que é bom em filmes biográficos. Eu acho que quando ele está se preparando para sua estreia, ele provavelmente procura freneticamente por biografias, mas a maioria das lendas já foram transformadas em filmes, então ele só pode escolher a história de Molly's Game, que parece ser algo interessante. O Sorkin faz o possível para levar a arrogância da Molly à baixa autoestima, entra em conflito com ela e sua família e pretende sublimar o conceito do filme. É uma lástima que a Molly seja realmente uma personagem embaraçosa que não é uma heroína nem uma pessoa ambiciosa. Em comparação com os filmes anteriores, o estilo da história e a estrutura narrativa não mudaram muito, então, não importa o quão poderosas as falas sejam, elas não trazem muita novidade.

Um grande filme requer um forte desejo narrativo no coração do diretor, e eu não consigo sentir que seja isso o que ele quer expressar neste filme. Seu roteiro tem um toque pessoal distinto, mas se você continuar a se limitar aos bióticos, o filme biográfico do Sorkin pode tornar-se cada vez mais modulares, ao estilo dos filmes de super-heróis da Marvel. Além disso, como diretor, ele não é preciso no controle do ritmo do filme, de modo que parece que assisti a uma Mini Série de três episódios. Mas se o Sorkin é preguiçoso ou não, ainda tenho que admitir que suas habilidades como roteirista são realmente boas, e esta é definitivamente uma estreia qualificada. No entanto, ainda espero ver ao Sorkin pular de suas rotinas biográficas e expressar sua história interior, esperando que ele nos traga mais surpresas.

Newest
Most popular

No comments yet,

be the first one to comment!

2
0
2