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O dia 29 de dezembro de 2020 marcará o centenário do Congresso de Tours, durante o qual o partido socialista francês (SFIO) se separou e deu origem ao Partido Comunista Francês.As questões colocadas durante o Congresso ocuparam um lugar importante na história da esquerda ao longo do século XX: para reformar a sociedade e permitir o progresso social,você precisa fazer parte do sistema de Estado (e depois governar) ou você tem que combatê-lo (e fazer revolução)?O progresso opera melhor através do compromisso reformista ou da violência revolucionária?O quadro nacional é legítimo ou deve ser majorado pelo internacionalismo?Essas perguntas foram feitas no contexto instável da era pós Primeira Guerra Mundial,marcada pela Revolução Russa e pelo levante espartaquista na Alemanha.Respostas muito divergentes foram dadas por diferentes grupos que clamavam ser «os únicos verdadeiros socialistas».A irremediável cisão do socialismo foi acionada e jamais terminaria.Hoje,trinta anos após a queda da União Soviética,as consequências do Congresso de Tours ainda estão presentes na recomposição da esquerda francesa,numa época em que o sonho de uma revolução ecológica substituiu o sonho de uma revolução proletária.