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UMA ROSA ABERTA é a segunda parte de um ensaio tríptico.O primeiro,TINTA CHINESA (2016),fez uma declaração pessoal e coletiva de perda: a perda do próprio caminho,a perda do gesto,a perda do pensamento insurrecional.Uma derrota sem resignação,Contudo.UMA ROSA ABERTA prossegue esta reflexão através de uma figura emblemática e trágica: Rosa Luxemburgo,através das cartas comoventes que ela escreveu da prisão."E na escuridão,Eu sorrio para a vida." Esta frase,escrito por Rosa Luxemburgo em confinamento solitário no final de 1917,chega ao cerne do que caracteriza suas cartas da prisão: uma brilhante joie de vivre,independentemente da situação política.Suas descrições de pássaros,flores,nuvens e cores demonstram uma consciência da beleza da natureza experimentada com todos os sentidos.Numerosos trechos das cartas líricas do socialista radical em alemão e árabe formam os fios que percorrem esta colagem ensaística.Eles são acompanhados por fotos modernas da Berlim invernal,uma leitura para duas pessoas em Beirute,material de arquivo da Primeira Guerra Mundial,uma canção de batalha do movimento operário,vestígios de Nico,Geraldo Richter,Brecht,bretão,vozes,sons,música e os comentários silenciosos de um eu.Juntos,eles formam uma polifonia de camadas visual e acusticamente sobrepostas.A partir dessa retrospectiva do século XX,na Alemanha e no Oriente Médio,nas lutas militantes que ocorreram aqui e ali,emergem conclusões pessoais, bem como o reconhecimento de que a resistência e a beleza podem de fato coexistir,não menos em tempos sombrios.