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Albânia, junho de 2006. Somos acolhidos por uma luz fraca e opalescente, que atrapalha a curiosidade do olhar. Quanto mais nos movemos para o interior em direção a Tirana, mais a poeira sobe da rua; depois a poeira mistura-se com os gases de escape de um trânsito que tenta desesperadamente zombar do barulho a que estamos habituados na Europa. Quinze anos se passaram desde que as primeiras ondas de navios e barcos cheios de albaneses escapando da desolação chegaram à Itália, nas costas próximas da Apúlia. Eram refugiados fugindo de uma pobreza desconcertante e de um socialismo opressor que tudo proíbe num País, ridiculamente militarizado, onde ninguém pode sair e ninguém pode entrar. A nova ordem política democrática irrompe numa louca corrida em direção a um indescritível bem-estar econômico, admirado através de velhos televisores sintonizados nas emissoras italianas. A Albânia, um dos países mais pobres do mundo, visitada por Cristo, depois por Alá e finalmente por Mao, agora se sente européia.