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Duas pessoas retornam à ilha mediterrânea de Lampedusa.Giulia superou uma crise pessoal aqui,Zakaria fugiu para cá da guerra civil em sua terra natal, a Somália.Schreiner fala sobre eles,sobre pensamentos íntimos,questões existenciais e medos,sobre a transitoriedade: uma busca de significado que permanece fragmentária,movendo-se entre a memória e o agora.O passado pressiona os monólogos e as conversas no presente da imagem cinematográfica.Escreveu-se visivelmente na pele,rostos,e corpos que Schreiner explora em closes,que se tornam praticamente perceptíveis,ainda assim permanecem altamente artificiais.O estrito,beleza sensual dessas imagens,o jogo com a abstração do brilhante preto e branco,de luz e sombra,o longo,calma leva,a concentração nos detalhes cria o espaço para uma visão intuitiva econsciência concentrada,um espaço de encontro.O lugar desse encontro é concreto,mas para os personagens,o esparso,A frágil paisagem de Lampedusa se transforma em uma espécie de palco,e uma projeção;um espaço abstrato.Assim como esta ilha existe como uma mera ideia para a maioria de nós,como um lugar onde a ação política se manifesta,e também uma crise - a relação entre a velha Europa e a jovem África,a dinâmica de resistência e atração hipnotizada,de dentro e de fora.Schreiner esboça Lampedusa como universal,narrativa interna,como espaço intenso de vivência e associação,oscilando entre elementos documentais e ficcionais.Livre da necessidade de explicar,o próprio filme se torna uma busca e interrogação - dos personagens,forma cinematográfica,e nossas próprias realidades presentes.