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A madrugada vibra em Nova York enquanto se estende sobre um corpo que acorda.Meio coberto por lençóis,é um corpo que nunca se revelará inteiramente,mesmo quando pego no meio do ato sexual: Em é uma acompanhante e,O que mais,um viciado em heroína: apenas os elementos certos que o primeiro filme de Jeffrey Dunn Rovinelli apresenta para se livrar deles o mais rápido possível.De Nova York a Los Angeles via Pittsburgh,A vida diária de Em é revelada,inicialmente,como uma antítese de ideias pré-concebidas sobre ela,questionando o desejo do espectador em relação ao documentário.Temos que olhar para Em do jeito que ela olha para as pessoas que passam na rua,pela janela do hotel?As drogas são invisíveis,pelo menos em palavras,e o sexo nada mais é do que uma performance pop-shakespeariana filmada em HD.Perto do trabalho,passos para entrar e sair dela: turnos,inventar,espera...A verdadeira vida de Em e um certo retrato dos Estados Unidos surgem dessa rotina diária aparentemente pontuada por tempos lentos.Suas confissões revelam sonhos de independência e a presença do que está longe,de atração e repulsa pelos outros.Se,no fim,esta imagem de 16mm parece acolher a libertação secreta do personagem,o espectador deduzirá que foi Em quem se apoderou do filme: a partir de agora,é ela quem vai remodelá-lo.