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Monza,25 de março de 2017,um milhão de pessoas aguardam a chegada do Papa,e virar filme.Um filme que surge da crónica de um grande acontecimento,da expectativa de um momento de grande intensidade e envolvimento.Um trabalho entomológico e observacional,centrado nos fiéis,que se aglomeravam para ver e ouvir o Papa: um milhão de pessoas chegando lentamente ao parque,alguns sozinhos,alguns em grandes grupos.Piqueniques,jogos para passar o tempo,canções e orações de crianças e adultos.Às vezes, a crescente multidão parece entrar em um playground,ou a arena de um concerto: as vozes dos animadores e as canções de rock inundam a maré humana à espreita,enquanto os lenços ondulados remetem a grandes eventos esportivos.Nesta confusão estão os seres humanos,de todas as idades e espíritos.Alguns em atitude de respeito,de oração.Outros simplesmente esperando por algo,incluindo fotos e selfies para lembrar,compartilhar.Tudo se afoga na música incessante,que parece cobrir todos os pensamentos.O resultado é um filme sobre a religião de hoje,que nunca contempla o silêncio.