Girl Wrestler (2003)

Tara tem treze anos. Ela gosta de ir ao shopping... e ela luta com garotos. Em sua jornada para os jogos do campeonato nacional, ela enfrenta os críticos que acreditam que as garotas não devem lutar com garotos, ela luta com as expectativas de seu pai por seu desempenho e luta com seu próprio corpo para controlar seu peso. GIRL WRESTLER é um documentário de uma hora que segue Tara Neal, uma garota que desafia as expectativas culturais de qual esporte ela deve competir e, mais importante, quem ela deve lutar. Ele documenta um momento crucial na participação de Tara no wrestling; é o último ano em que a associação atlética do Texas permitirá que ela lute com garotos. Quando Tara entra no ensino médio, suas oportunidades de competição praticamente desaparecem porque há tão poucas garotas que lutam. Desde as alegações de arbitragem contra jovens lutadores até treinadores do torneio nacional que proclamam seu veemente ódio ao Título IX (o estatuto federal que concede a proporcionalidade esportiva das mulheres nas escolas públicas), o documentário personaliza o conflito entre gênero e esporte e, em particular , os atuais debates políticos sobre o Título IX. Tara navega o mesmo ambiente de hostilidade que produziu o recente processo aberto pela National Wrestling Coaches Association contra o Departamento de Educação para revogar o Título IX. Ao longo da temporada, Tara enfrenta lutas pessoais que vão desde o corpo até a família. Enquanto os rapazes que lutam desenvolvem distúrbios alimentares em uma escala muito maior do que os meninos que não lutam, a pressão e as conseqüências das restrições alimentares para as meninas são talvez ainda mais significativas à medida que seus corpos estão amadurecendo rapidamente e sob escrutínio cultural. Durante o documentário, Tara experimenta não comer e correr no calor, a fim de perder peso, mas finalmente toma a decisão saudável de aceitar seu peso e lutar com qualquer peso que seja. O documentário também se torna uma crônica de seu relacionamento com os pais, pois Tara luta com as expectativas de seu pai e sua crescente necessidade de se tornar menos dependente de seus pais. Em última análise, os temas do documentário tornam-se mais universais: as complicações das famílias divorciadas, a dinâmica das relações pai-filha e mãe-filha, os desejos dos adolescentes de romper com os pais, construções de masculinidade e feminilidade, saúde e imagem corporal , discriminação de gênero nos esportes e o significado e valor do esporte na cultura americana. GIRL WRESTLER documenta um tipo moderno de infância, que personifica fisicamente o feminismo literalmente colocando os corpos das garotas em competições com garotos. Mostra-nos como os papéis de gênero que construímos afetam garotas reais e garotos reais à medida que se chocam contra os limites desses papéis. Este documentário não apenas nos força a refletir criticamente sobre esses papéis, mas também nos conecta emocionalmente com a luta de uma garota que os desafia.