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Ele foi um ícone para uma geração de lutadores pela liberdade, frequentemente arriscando sua vida por seu sonho de justiça social universal. Mas sua batalha final seria pelo direito a uma morte digna. Como figura chave na resistência espanhola, Miguel Núñez pagou um alto preço por enfrentar o regime de Franco. Ele foi repetidamente torturado, passou 14 anos na prisão e foi condenado à execução. Depois que sua sentença de morte foi comutada e finalmente libertado, Nuñez assumiu as ditaduras da América Central, lutando com os sandinistas na Nicarágua e trabalhando com, entre outros, o presidente Evo Morales. Mas ao ser diagnosticado com uma doença grave, Nuñez optou por transformar sua morte em um ato de afirmação. Sob pressão da Igreja e da extrema direita, os médicos de Madri agora relutam em administrar cuidados paliativos. Muitos pacientes morreram em agonia. Declarando que "se não há liberdade para morrer, não há liberdade para viver", Nuñez tornou-se um defensor apaixonado dos direitos dos pacientes.