Donde termina el mar (2011)

O filme apresenta um diálogo poético-científico sobre evolução, sobrevivência e suas encruzilhadas. Vozes e fios narrativos tornam-se tangíveis em três cenários: um aquário, um campo de rocha vulcânica e um museu de história natural. Espaços reais e ao mesmo tempo metafóricos onde a presença de um grupo de crianças confere à composição uma perspectiva inquietante, em contraponto com os três protagonistas (um biólogo, uma mulher, o autor) e com uma série de textos escritos emaranhados como mais um fio que encerra todo o trabalho. A conjunção de uma performance e uma dimensão vagamente onírica de espaços, personagens e vozes gera uma atmosfera de ficção involuntária em que o discurso poético e científico se misturam em uma paisagem de ressonâncias multicamadas.