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Num documentário com pitadas de ficção,entramos na mente do idoso Hiam,uma mulher palestina de Nazaré.Nós a vemos no cabeleireiro,encerando o lábio superior e arrastando os pés para a cama.A mundanidade do cotidiano ganha camadas extras de significado porque a cineasta Juna Suleiman – sua neta – acompanha muitas cenas com monólogos internos de Hiam.Gradualmente, obtemos uma imagem de seu passado: seu casamento,sua família e seu irmão rico,que carrega o notável primeiro nome de Mussolini.A vida de Hiam está quase no fim.Restam apenas alguns fios para ligar esta mulher solitária e amargurada com o mundo exterior: o telefone,a TV,sua governanta e seu filho Mbadda, de 55 anos.Como Hiam,ele é direto e sarcástico.Surge a questão de saber quando o presente se torna história,enquanto fragmentos de notícias de TV gradualmente se transformam em imagens antigas de um casamento.Através do mundo opressivamente pequeno do protagonista,A irmã de Mussolini adota uma abordagem original e contida para grandes temas,como casamento arranjado,solidão,declínio e racismo.