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“Você deve colocar o odor do corpo humano em imagens... descreva para mim o implacável, o egoísta, o sensual, o cruel... não há nada além de pessoas nojentas neste mundo.” Kenji Mizoguchi, nascido em 1898 em Tóquio, foi um renomado diretor de cinema, roteirista e produtor japonês. Vindo de uma família pobre, sua infância foi marcada por dificuldades econômicas e problemas de saúde. Mizoguchi começou sua carreira no cinema como assistente de direção na Nikkatsu em 1920 e estreou como diretor em 1923 com Ai ni yomigaeru hi (O ressurgimento do amor). Seus primeiros trabalhos incluíam adaptações de dramas e obras literárias em língua alemã, e seu interesse pelo teatro tradicional japonês influenciou seu estilo visual e narrativo. No final da década de 1920, ele começou a desenvolver seu estilo característico, concentrando-se no sofrimento e no sacrifício das mulheres, um tema recorrente que refletia suas próprias experiências familiares. Seus filmes, como Kyōren no onna shishō (Passion of a Schoolmistress) e Osaka Elegy (1936), foram notáveis por sua profunda empatia pelas protagonistas femininas. Durante a Segunda Guerra Mundial, Mizoguchi dirigiu vários filmes que alguns críticos consideram como propaganda, embora seus trabalhos posteriores tenham se concentrado na emancipação feminina e nas injustiças sociais. Utamaro and His Five Women (1946) e Flame of My Love (1949) são exemplos de seu compromisso com essas questões. Mizoguchi obteve aclamação internacional com filmes como The Life of Oharu (1952), que retrata a queda de uma nobre durante o período Edo, e Ugetsu (1953) e Sansho the Bailiff (1954), que tratam das consequências devastadoras da guerra. Esses trabalhos lhe renderam prêmios no Festival de Cinema de Veneza e o reconhecimento de críticos como Jean-Luc Godard. Ele morreu em 1956, aos 58 anos de idade, deixando um legado duradouro no cinema mundial.