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"Não acho que seja possível manter qualquer arte para uma minoria de pessoas. O verdadeiro sucesso de um artista no cinema é quando consegue interessar a classe instruída e o público popular." René Clair foi um cineasta e escritor francês; suas produções se destacaram pelo humor, o burlesco e o surrealismo. Foi jornalista, crítico e compositor antes de se tornar ator. Depois de trabalhar como assistente de direção, escreveu e dirigiu seu primeiro filme, Paris Adormecida (1924), mas começou a desenvolver sua essência com Entr'acte (1924), um curta criado para o intervalo de um espetáculo de balé, que também envolveu o compositor Erik Satie e os artistas dadaístas Duchamp, Picabia e Man Ray. Embora inicialmente temesse que o som pudesse limitar a criatividade cinematográfica, foi capaz de se adaptar e aproveitar as novas possibilidades oferecidas. Era hábil em integrá-lo em seus filmes de maneiras inovadoras, aprendendo a usar o som não como uma duplicata da representação visual, mas como um contraponto a ela. A Nós a Liberdade (1931) é considerado uma de suas obras mais importantes na transição do cinema mudo para o sonoro. Longe de se limitar à vanguarda, aplicou suas técnicas às comédias da vida cotidiana; sua arte era popular.