Lilian Harvey

Lilian Harvey nasceu em 19 de janeiro de 1906 em Londres. Sua mãe era inglesa e seu pai alemão. Quando ela tinha oito anos, sua família mudou-se para Berlim, pouco antes do início da Primeira Guerra Mundial. Ela passou grande parte da guerra na escola na Suíça, onde ampliou seu conhecimento de línguas e dança clássica. Depois de se formar no colégio em Berlim, ela trabalhou em revistas de teatro antes de estrear em seu primeiro filme "Der Fluch" para Robert Land. Depois de muitos papéis em filmes mudos, UFA encontrou grande uso para suas habilidades de atuação, dança e linguagem em muitas operetas leves famosas feitas com o advento do som. Esses filmes altamente populares (geralmente coestrelados por Willy Fritsch, com quem ela se tornou irrevogavelmente associada na mente do público como o time dos sonhos românticos do cinema europeu) geralmente eram feitos em três línguas diferentes ao mesmo tempo. O elenco seria trocado em torno dela para as várias tomadas em alemão, francês e inglês (Laurence Olivier teve seu primeiro papel no cinema em um de seus veículos). Seu filme de maior sucesso, "Der Kongress Tanzt" / "Le congress s'amuse" / "Congress Dances" de 1931, o levou a um contrato em Hollywood com a Fox Film Company. Ela rescindiu o contrato depois de algumas fotos, saindo de um papel que foi desempenhado pela então desconhecida Alice Faye e retornando à UFA para ficar com o diretor Paul Martin, com quem ela estava romanticamente envolvida. O regime nazista chegou ao poder em sua ausência e Lilian Harvey achou difícil trabalhar sob Goebbels. Ela foi fundamental para ajudar os perseguidos pelos nazistas a escaparem até que sua popularidade no cinema diminuiu e ela foi forçada a fugir também. Ela finalmente pousou nos EUA e passou a maior parte da 2ª Guerra Mundial em Los Angeles trabalhando como enfermeira voluntária. Seus ex-diretores e colegas de trabalho, como Michael Curtiz e Billy Wilder, permaneceram como contatos sociais, mas o estigma de ter sido a maior estrela da UFA no início dos anos 30 a impediu de reacender sua própria carreira cinematográfica. Ela trabalhou no teatro e continuou a trabalhar em palcos europeus depois da guerra. Ela recebeu indenizações de guerra no início dos anos 60 e viveu na Riviera até sua morte em 27 de julho de 1968.