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“À medida que o conheci, percebi que era o seu desprezo flagrante pela narrativa e pelas convenções de contar histórias com base em diálogos que o diferenciava de seus colegas. Sua abordagem à produção de filmes, que ele desenvolveu relativamente tarde em sua vida artística, era mais parecida com a de um pintor: ele posicionava a câmera e criava uma cena que se desenrolava continuamente, sem cortes ou contraplanos.” - James Mackay sobre Derek Jarman. Derek Jarman foi um pintor, escritor, cenógrafo, diretor de cinema e ativista dos direitos dos homossexuais. Estudou no King's College de Londres e depois na Slade School of Art. Ficou conhecido por seu trabalho inovador em vídeo pop na Inglaterra, aplicando uma estética subversiva e uma abordagem experimental em seus filmes. Embora de baixo orçamento, seus filmes tiveram um grande impacto visual e temático. Entre seus trabalhos mais notáveis estão Jubilee, Sebastien, Caravaggio e The Last of England. A música também foi uma grande inspiração para ele; trabalhou em videoclipes para artistas como Marianne Faithfull e The Smiths, fundindo sua visão artística com a cultura pop dos anos 1980. Em 1986, Jarman foi diagnosticado com HIV e decidiu tornar pública sua condição. Posteriormente, ele se estabeleceu em Prospect Cottage, uma pequena casa na costa de Dungeness, onde cultivou um jardim que refletia sua visão de transformar a dor em beleza e a violência em hospitalidade. Esse período, juntamente com os diários que escreveu lá e seu último filme, Blue, pode ser visto como uma espécie de encerramento de seu trabalho, uma despedida. O legado de Jarman, caracterizado por sua criatividade e engajamento político, continua sendo uma fonte de inspiração para usar a arte como uma ferramenta para desafiar as normas sociais e explorar temas de identidade e resistência.