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Kira Muratova nasceu no Reino da Romênia (atual Moldávia), mas desenvolveu sua carreira principalmente na Ucrânia, para onde se mudou depois de se formar na VGIK. Apesar da censura imposta pela União Soviética, Muratova conseguiu preservar sua autonomia artística e, com uma forte tendência feminista, apresentou mulheres complexas e com poder. Seus filmes trabalham tanto na fusão de gêneros quanto de registros, ancorados principalmente em um código absurdo ou grotesco, sem perder a base naturalista. Muratova foi capaz de usar as limitações a seu favor, criando um cinema profundamente autêntico e fiel a si mesma. Seu trabalho, que desafiava as normas narrativas e estéticas da época, posicionou-a como uma das cineastas mais idiossincráticas do cinema soviético, sendo reconhecida em festivais internacionais de prestígio, como Cannes, Berlim e Veneza. Com o passar dos anos, seu legado foi reavaliado, estabelecendo-a como uma das vozes mais originais e críticas do cinema de autor do século XX.