Tareque Masud

Tareque Masud nasceu na aldeia de Nurpur, no distrito de Faridpur, em Bangladesh. Em tenra idade ele foi enviado para madrassa (escola islâmica) por seu pai profundamente religioso. Ele estudou no sistema madrassa até 1971, quando o levante causado pela Guerra da Libertação de nove meses interrompeu sua educação. Depois que Bangladesh conquistou a independência do Paquistão, ele ingressou no ensino geral, completando seu HSC no Adamjee Cantonment College e graduando-se em direito pela Universidade de Dhaka. Tareque esteve envolvido no movimento da sociedade cinematográfica desde seus dias de universidade e começou seu primeiro filme Adam Surat (1991) (A Força Interior), um documentário sobre o lendário pintor de Bangladesh S.M. Sultan, em 1982. Seu documentário de longa metragem de 1995 sobre a Guerra da Libertação de 71, Muktir Gaan (1995) (Canção da Liberdade) trouxe audiências recordes e se tornou um clássico cult. Ele também fez muitos outros filmes sobre a guerra, incluindo Muktir Kotha (1999) (Palavras de Liberdade), Narir Kotha (Mulheres e Guerra) (2000) e Naroshundor (A Barbearia) (2009). Em 2002, ele completou seu longa-metragem The Clay Bird (2002) (The Clay Bird), baseado em sua experiência de infância na Madrassa. O filme ganhou o Prêmio da Crítica (Prêmio FIPRESCI) no Festival de Cinema de Cannes (2002), foi o primeiro filme de Bangladesh a competir no Oscar, e foi lançado em vários países ao redor do mundo. Além de seu trabalho na produção de filmes, ele também foi pioneiro do movimento de filmes independentes em Bangladesh. Tareque foi um membro fundador do Short Film Forum, a principal plataforma para cineastas independentes. Em 1988, ele organizou o primeiro Festival Internacional de Curtas e Documentários do país, realizado semestralmente até hoje. Ele também era conhecido como o 'Cinema Feriwalla' (Vendedor de Filmes) pela forma como exibia seus filmes, visitando cidades e aldeias remotas por todo o país com sua unidade de projeção móvel. Sua esposa, americana Catherine Masud, era sua parceira criativa e vitalícia. Eles se conheceram na época em que ele estava concluindo o trabalho em Adam Surat (1991) e passaram as duas décadas seguintes fazendo filmes juntos através de sua produtora 'Audiovision [bd]'. Juntos, eles escreveram roteiros, muitas vezes co-dirigidos, e percorreram o país e o mundo com seus filmes. Catherine também editou todo o seu trabalho. Masud morreu em 13 de agosto de 2011 em um trágico acidente de viação enquanto voltava do trabalho no local para seu próximo longa-metragem Kagojer Phul (A Flor de Papel), na partição de 1947 de Bengala. Também foi morto no acidente seu diretor de fotografia e amigo Mishuk Muneer, junto com três outros colegas. Catherine Masud e outras quatro sobreviveram ao acidente. Desde sua morte, Catherine estabeleceu o "Tareque Masud Memorial Trust", que é dedicado à tarefa de arquivar e memorizar o trabalho de Masud através de publicações, projetos educacionais, programas de triagem e a conclusão de sua obra inacabada.