Pilar Palomero

"É maravilhoso que haja mais mulheres dirigindo, mas a sensibilidade não tem gênero. Meu filme não é para mulheres, é para pessoas". Cineasta e roteirista espanhola, embora seja formada em Filologia Hispânica, iniciou sua trajetória no cinema em 2002, quando participou de um curso de três meses ministrado pelo diretor Bigas Luna, e em 2006 formou-se em Direção Cinematográfica na Escola de Cinema de Madri. A partir desse momento, começou a dividir sua carreira entre o trabalho cinematográfico como roteirista e o trabalho como professora de roteiro e fotografia. Foi somente em 2013 que sua carreira profissional deu uma guinada, quando foi uma das 16 cineastas selecionadas em todo o mundo pelo diretor húngaro Béla Tarr para participar de seu projeto educacional "Film.factory". Desde então, ela se dedicou a fazer vários curtas-metragens que ganharam prêmios em festivais internacionais em todo o mundo, como Noah (2015), The Night of All Things (2017), Zimsko Sunce e Horta, e Agenda 1958 de 2019. Com seus dois primeiros longas-metragens, Palomero conseguiu cativar a crítica e o público: primeiro com Las niñas en 2020, no qual ela explora as relações de amizade adolescente entre meninas como diretora. Esse projeto lhe rendeu três prêmios Goya de Melhor Diretora Estreante, Melhor Filme e Melhor Roteiro Original. O segundo filme, La Maternal, estreou no Festival Internacional de Cinema de San Sebastian em 2022 e foi indicado a vários prêmios internacionais. Ela foi reconhecida por seu método de dirigir atrizes, escolhendo no elenco intérpretes com pouca ou nenhuma experiência de atuação para manter o frescor e a naturalidade delas na frente da câmera.